1º de Maio de 2019 — O proletariado não tem pátria.

Partido Comunista Internacional — PCI

Proelium Finale
4 min readMay 1, 2019
Bob May — 2019

O proletariado não tem pátria. Ele é a classe internacional dos trabalhadores! Contra o militarismo e a guerra entre os Estados do Capital Pela guerra revolucionária da classe trabalhadora!

O avanço da globalização, acelerado na última década pelo desenvolvimento das comunicações e dos transportes tem envolvido todas as áreas do globo no ciclo infernal da produção capitalista. A produção, fundada no trabalho assalariado e cuja finalidade é exclusivamente o lucro, é um vulcão que explode bens, em sua maioria inúteis, em quantidades sempre crescentes. Mas agora o capitalismo, junto à sua fase de plena decadência econômica, e também moral e ideológica, busca sobreviver para si mesmo explorando todos os recursos da Terra, naturais e humanos.

O poder político e econômico está concentrado nos poucos burgueses à frente de gigantes empresas, as quais possuem ou controlam riquezas comparáveis àquelas de um Estado inteiro e dominam riquezas do mundo inteiro.

Mas é o Capital, força histórica anônima e incontrolável, que determina a luta permanente entre os diversos capitalistas e grupos nacionais de capitalistas e os arrasta inexoravelmente para o abismo da catástrofe financeira.

A concentração extrema do capital, se por um lado aumenta, reúne, reforça e unifica a classe trabalhadora, por outro, junto com a crise de sobreprodução, arruína impiedosamente as classes pequeno-burguesa, mercantil e produtiva, agora sem forças e sem programa histórico e socialmente impotentes, mesmo quando elas expressam sua revolta implacável, como recentemente fizeram os Coletes Amarelos na França.

Contudo, tanto por causa do progresso incessante da crise como do surgimento do novo colosso capitalista que é a China, que balança o antigo equilíbrio imperialista, aguçando e criando novas tensões internacionais. Já os maiores Estados começaram uma guerra comercial, com impostos, embargos, chantagem, e reavivando os conflitos armados locais. Está provado que o capitalismo nunca conseguirá manter a sua promessa de assegurar um desenvolvimento pacífico e harmônico para a espécie humana.

Pelo contrário, a burguesia rearma seu exército em preparação para um novo conflito imperialista geral, no qual convocariam milhões de proletários a se massacrarem: enquanto cresce a miséria da humanidade que trabalha, bilhões de dólares são despejados na produção de armas sempre mais letais.

Mas a guerra mundial, essa última cartada terrível do moribundo monstro capitalista só pode se impor com a divisão da força de seu adversário histórico, a classe internacional dos trabalhadores, jogando proletário contra proletário. Já se iniciou em todos os lugares uma campanha “soberanista”, racista e xenófoba, com o único objetivo de destruir a união do proletariado além das fronteiras e prepará-lo para uma nova guerra.

O deslocamento de milhões de homens que sempre partem de países mais pobres, hoje na África, Ásia e na América Latina, é usado como pretexto para esta infame propaganda, deslocamento este que é imposto pelo capitalismo que, de um lado, com sua exploração imperialista coloca na miséria uma massa crescente de desfavorecidos, de outro, sempre necessita de mais e mais força de trabalho.

Milhões de pessoas desesperadas são obrigadas a fugir de intermináveis guerras fomentadas pelas burguesias imperialistas para agarrar recursos naturais ou ocupar áreas de importância estratégica e militar como no Oriente Médio ou na África Central.

O capitalismo transformou o mundo em um inferno para aqueles que trabalham. Os proletários veem em toda parte suas condições e a sua suposta segurança cotidiana demolidas pelos ataques da classe patronal, movida apenas pelo desejo por lucro e que hoje aproveita a fraqueza da classe trabalhadora, ameaçada pela crise econômica. Cortes salariais, aumento das horas e da carga de trabalho, redução de qualquer garantia de emprego, assistência na maternidade, na velhice e na doença são as medidas tomadas pela burguesia para defender seus lucros. A crise econômica, determinada pela queda da taxa de lucro e pela superprodução de mercadorias, faz com que os empregadores intensifiquem a exploração dos trabalhadores para a produção, enquanto que outros, cada vez mais numerosos, estão condenados ao desemprego.

Em muitos países, uma parte dos trabalhadores é formada por imigrantes estrangeiros, muitas vezes forçados à ilegalidade e chantageados com a ameaça de deportação. Essa turbulência, que se aproxima da escravidão, é mantida pelo Estado burguês para aumentar a competição entre os trabalhadores, envenenar seus sentimentos e dividir suas forças.

Em vez disso, uma única força histórica permanece objetivamente oposta ao Capital: o proletariado internacional, organizado enquanto classe, unido além de nacionalidades e raças. Este proletariado voltará a ser uma classe para si, não uma mercadoria para o Capital, e defenderá suas condições de vida e de trabalho, restabelecendo seus sindicatos de classe, ferramentas indispensáveis para unir forças contra o ataque dos empregadores. Assim, aprenderá a desmascarar os sindicatos leais ao regime burguês e seus aliados em partidos oportunistas e a conduzir a guerra contra o aparato político, policial e militar que o protege.

Ele será guiado nesta guerra de classes pelas suas vanguardas juntamente com o Partido Comunista, revolucionário e internacional e seu programa histórico invariável, que grita: os proletários não têm pátria! Somos irmãos de classe, e nos encontrarão unidos na luta global pela demolição do regime capitalista, pelo comunismo.

--

--

Proelium Finale
Proelium Finale

No responses yet